Alocação de Ativos: Uma Estratégia Para Fazer decolar Seus Investimentos

Alocação de Ativos: Uma Estratégia Para Fazer decolar Seus Investimentos Alocação de Ativos: Uma Estratégia Para Fazer decolar Seus Investimentos

Você já parou para pensar porque algumas pessoas compram alguns modelos de veículos que são verdadeiros “micos”: apresentam alto custo de manutenção, “bebem” combustível e, pior, possuem baixíssima valorização na revenda?

A resposta mais simples seria esta: porque existem pessoas dispostas a comprar!

Não quero discutir aqui sobre os melhores modelos de carros, ou as melhores marcas de Smartphone, por exemplo.

O que digo, porém, é que assim como existem produtos bons, confiáveis e seguros, existem péssimas marcas que sequer deveriam estar no mercado (quebram assim que saem da loja, a ergonomia é igual a zero, não possuem um SAC decente etc).

É daí que vem aquele ditado: “Não troque o certo, pelo duvidoso”. Com os investimentos o a raciocínio é o mesmo. Existe tipos de investimentos que valem mais a pena do que outros. Uns são ótimos, outros bons e alguns são medíocres.

Existem pessoas, instituições, órgãos, bancos e agentes financeiros que, ano após ano, alardeiam a “estratégia definitiva” para lucrar com ações, “operações de day trade”, “análise técnica”, opções com efeito “borboleta” dentre outras.

A grande falha dessas estratégias é tentar prever o mercado, acreditando que ele é eficiente.

Agora, imagine uma técnica de investimento inteligente que, ao invés disso, conseguisse uma rentabilidade superior à dos investimentos super-seguros ao mesmo tempo que diminui os riscos, sem exigir de você o aprendizado de anos de Economia ou Matemática. Tudo isso com menos stress e mais tempo para ter equilíbrio financeiro e pessoal? Excelente, não?!

Existe algo assim? Sim, estou falando de um estratégia pouco discutida no Brasil, chamada de “Alocação de Ativos”.

Continue lendo esse artigo para você aprender sobre os seguintes tópicos:

  • O que é alocação de ativos (conceito).

  • Como equilibrar o risco em seus investimentos (tempo e risco).

  • Sobre a diversificação.
  • Os perigos da inflação para seus investimentos.

Conceito de Alocação de Ativos


A alocação de ativos consiste na disciplina de dividir uma carteira de investimentos entre diferentes categorias de ativos.

Explico melhor abaixo.

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Ex.: Ao invés de aplicar R$1.500,00 em um CDB ou comprar alguma ação (100% do seu dinheiro em apenas uma classe de ativo), você resolve aplicar, por exemplo, R$500,00 em ações (33%), R$500,00 em imóveis (33%) e R$500,00 (33%) em renda fixa.

O que isso quer dizer? Que você conseguiu reduzir o risco, por meio da diversificação dos seus ativos. Em termos mais técnicos, a definição é esta:

Alocação de ativos é diversificação de risco. Para obter diversificação de risco, é preciso que cada investimento da carteira seja fundamentalmente diferente dos demais – Richard Ferri.

A sua próxima dúvida seria a seguinte: “Como devo escolher a divisão desses ativos? Existe algum critério que devo observar?”. A alocação de ativos está atrelada, fundamentalmente, a dois requisitos essenciais: o fator tempo e o fator risco.

Dessa forma, ainda que dois investidores (“A” e “B”) tenham o mesmo horizonte temporal (5 anos), se eles tiverem perfis de risco diferentes (“A” é conservador, enquanto “B” é agressivo), a forma como eles distribuirão o mesmo montante nos diversos ativos será diferente.

Considerações Sobre Horizonte Temporal e Risco


Sobre os fatores de tempo e de risco, em termo gerais, é bom que você tenha ciência das seguintes questões, que discuto abaixo.

Fator #1 – Tempo

Toda meta financeira, para poder ser chamada de meta, deve possuir um horizonte de tempo, ou seja, uma quantidade de anos você estará investindo para alcançar a respectiva meta.

Logo, quem tem um horizonte mais dilatado (ex.: aposentadoria) pode e deve se expor a ativos mais arriscados, diferentemente de alguém que esteja poupando para trocar o carro daqui a dois anos, quando assumir riscos não é o mais recomendável.

Essa recomendação nada mais é do que se precaver ou aproveitar os ciclos econômicos (o sobe e desce dos mercados financeiros) conforme se dispõe de tempo para aproveitar essa volatilidade sem colocar em risco o seu plano original.

Fator #2 – Risco

Quando se trata de investimento, risco e recompensa estão inextricavelmente entrelaçados. “No pain, no gain”. Por isso, serei bem direto: “Você teria tolerância para perder parte ou todo o seu investimento inicial em troca de um potencial retorno maior?”.

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Isso se chama tolerância ao risco, isto é, o quanto você estará disposto a arriscar para ganhar um pouco mais.

Uma definição que aprendi lendo um artigo em um site de finanças é que “investidores conservadores preferem um “pássaro na mão”, enquanto investidores agressivos procuram “dois voando”.

Por isso, se você é um investidor conservador, certamente a sua tolerância ao risco é baixa (o medo de perder dinheiro é maior do que o de ganhar), pois você prefere resultados mais estáveis em troca da preservação do seu investimento inicial.

Nunca ignore as lições acima. Todo e qualquer investimento envolve alguma medida de risco.

É nisso que reside a beleza da alocação de ativos: você se dedicará mais a controlar o risco total dos seus investimentos do que se iludir com ganhos “fenomenais” em ativos específicos, cujos riscos podem levá-lo a ficar com menos dinheiro do que você investiu inicialmente.

Tenha Cuidado Com a Inflação


Quero encerrar esse artigo introdutório sobre essa fascinante estratégia com o seguinte alerta: até mesmo o investidor conservador, deverá se expor a valores mobiliários, ou seja, ações ou fundos de ações, dentro do seu perfil de risco.

Digo isso pois muitos poderiam pensar que, no final das contas, o “menos” arriscado mesmo seria guardar o seu suado dinheiro nas aplicações mais seguras, protegendo assim os seus ativos da “loucura” da Bolsa de Valores.

Meu amigo(a), esse raciocínio é equivocado, porque desconsidera o famoso dragão da “inflação”, que é um aumento persistente e generalizado no valor dos preços.

Em virtude dela, ano após ano, o poder de compra do seu dinheiro vai diminuindo. Para que você não tenha dúvidas disso, eu separei a seguinte notícia sobre a inflação após 20 anos do Plano Real (1994 a 2014):

Ao longo de quase 20 anos do Plano Real, a inflação acumulada desde 1/07/1994 até 1/2/2014, medida pelo IPCA, foi de 347,51%.  Assim, um produto que custava R$ 1,00 em 1994 custa hoje R$ 4,47.

O matemático financeiro José Dutra Vieira Sobrinho afirma que, em decorrência desse fato, a cédula de R$ 100,00 perdeu 77,65% do seu poder de compra desde o dia em que passou a circular. Com isso, o poder aquisitivo da nota de R$ 100,00 é hoje de apenas R$ 22,35.

Portanto, suas notas de Real escondidas em um colchão estarão encolhendo em reais.  É por isso que tenho recomendado aos meus clientes fugirem da tradicional Caderneta de Poupança, pois a sua rentabilidade, historicamente, está muito aquém de qualquer expectativa de ver seu dinheiro crescer.

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Em resumo, a recompensa por assumir riscos é o potencial para um maior retorno do investimento, e tal estratégia deve fazer parte em menor ou maior proporção conforme você tenha um objetivo financeiro com um horizonte de longo/médio ou curto prazo, em vez de restringir seus investimentos para ativos com menor risco, como equivalentes de caixa (poupança, fundo DI ou CDB).

Conclusão


Por meio da estratégia de alocação de ativos, o seu dinheiro estará aplicado em diferentes classes de investimentos (ações e renda fixa, p.ex.) com o objetivo de reduzir o risco, ou seja, você estará colocando em prática a diversificação dos seus investimentos de uma forma simples e metódica.

Além disso, ao escolher o grupo de investimentos mais alinhado com suas metas financeiras, você terá o poder de limitar as perdas e reduzir as flutuações dos retornos de investimento (volatilidade) sem sacrificar muito o ganho potencial (retorno).